terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PARTO HUMANIZADO.




Ao assistir no domingo passado, 31/01/2010, uma reportagem sobre o parto da modelo Gisele Buchen; O que me levou a curiosidade e procurar saber mais sobre tal tipo de parto da modelo e por que ela escolheu o parto domiciliar. E descobri um universo, até mesmo pouco comum entre nós mulheres.
Existe vários tipos de partos e os mais aconselháveis são os partos humanizados. Que a pior posição é a mais comum e mais utilizada nos hospitais, que é na posição horizontal. Um parto fora do hospital, apesar de ser um acontecimento não muito comum, não é algo assim tão extra ordinário. Afinal, muitos dos nossos pais nasceram em casa. Em um passado não muito remoto, este era o meio mais comum de se vir ao mundo, por exemplo: na cidade de São Paulo, em 1958 cerca de 55% dos partos foram domiciliares.
Por que um parto em casa? Por que estas pessoas estão preferindo tal caminho? Por que um casal iria preferir um parto desta maneira, sem intervenção, sem drogas, sem anestesia, em uma posição "primitiva" , e as vezes na sua própria casa? A resposta é complexa e os motivos são variados e pessoais. Mas temos visto, entre muitos, que alguns querem desfrutar da atmosfera tranquila e já bem conhecida do próprio lar, sem luzes ofuscantes, sem cheiros estranhos, tendo ao seu lado somente pessoas que já conheçam e com as quais possuem um laço afetivo (em vez de profissionais da enfermagem, que aguardam o fim de seu plantão para poder ir descansar, e com quem nunca travou nenhum conhecimento). Outros querem a possibilidade de ficar com o bebê após o nascimento o tempo que for possível, e não entregá-lo a um pediatra antes de tocá-lo, vê-lo, senti-lo, e depois poder dar um banho morno, prazeroso e demorado. Curtir o nenê que acabou de nascer!. Outros são querem o atendimento massificado dos hospitais, onde serão um número a mais, a paciente do 314, ou o bebê numero 597. Interessante lembrar que GRAVIDA não é paciente, pois não esta doente, apenas vai de um bebê. É portanto uma PARTURIENTE.Outras mulheres tem medo de hospital, ou entrar nele implica na lembrança de ocorrências passadas muito desagradáveis suas ou familiares (abortamentos, cirurgias, acidentes, contaminações hospitalares) ou a perda de pessoas próximas queridas. Alguns casais querem ter um parto dentro d'água, modalidade esta que ainda não possível em hospital no Brasil (ou muito raramente) e preferem ter sue bebê no domicílio. Algumas temem por infeção hospitalar. Outras fazem questão da presença constante do marido, (e por que não participação?) raramente permitido em muitos hospitais. O pressuposto comum destas motivações é que o parto não é uma doença, salvo em gestações de risco. É um fenômeno fisiológico. Acreditamos que cerca de 40 % dos partos possam ocorrer fora do hospital, seja em casa de parto ou nos domicílios, conquanto que atinjam determinadas condições de seguridade. Pensando bem, o bebê é o fruto de um ato de amor e isso não se faz ou acontece em qualquer lugar, e diríamos, requer certos preparativos e condições. É preciso uma atmosfera..., atração, intimidade..., privacidade... sem ruídos (barulho de outros filhos) ou cheiros estranhos, ninguém olhando ou presenciando. No início apenas toques, sensualidade e poucas palavras. Olhares interpenetrantes. O instinto falando mais forte que a razão. O parto também deve e pode acontecer envolto nos mesmos predicados e adjetivos, adicionados do respeito ao bebê. O parto é um fenômeno da esfera sexual, onde afloram elementos do mais profundo inconsciente. Instinto puro. Animal. Portanto é preciso não coibi-lo para que este elemento instintivo se manifeste. A palavra chave é LIBERDADE. Liberdade de expressão, de movimento, de poder deixar-se acontecer. A parturiente pode querer gritar, sem ficar encabulada ou com a sensação que se está incomodando alguém ao lado ou contrariando uma regra, como em muitos hospitais é proibido (ou incomoda) gritar. Poder assumir a posição que for mais confortável para ela nos diferentes momentos. Poder ficar sem
roupa na frente das pessoas sem sentir vergonha, afinal já são pessoas conhecidas, e o parto é um momento onde a mulher, quando ensimesmada, age mais livremente. Poder ficar com o bebê em contato pele a pele logo depois do parto, o tempo que quiser, é realmente um privilégio. Olhar dentro dos olhos, levar ao seio caso ele queira sugar algo (o que vai ajudar a eliminação da placenta e diminuir a perda sangüínea) também o são. Durante a espera dos 9 meses, muita comunicação indireta, telepática, planos de carinho, pensamentos, se fizeram, e, acabariam frustados caso não seja possível este contato direto com o recém nascido, como acontece na maioria dos hospitais, onde o bebê é levado para ser examinado, e na volta a mãe da uma "olhadinha" para o seu bebê que vai ficar em observação por 3-4 horas em berço aquecido. Os primeiros instantes após o nascimento são fundamentais para a criação de uma ligação. Chamada em inglês de "bonding". Um elo. Laços profundos se estabelecem. Portanto acreditamos que o melhor lugar para um recém-nascido ficar é o colo, a barriga da sua própria mãe, que normalmente é a pessoa maior interessada no bem esta do bebê. Já foi observado que se anestesiamos uma carneira logo após dar à luz, ao acordar, ela não reconhece seus filhotes como seus. Elas os renega. Esta identificação, esta troca de olhares, fluidos, cheiros, parece ser muito importante. Certa feita uma jaguatirica deu a luz em Campinas, interior de São Paulo, no zoológico do Bosque dos Jequitibas, e o maior cuidado tomado era não tocar na cria, em hipótese alguma, pois se a mãe sentisse algum outro cheiro que não da sua cria, ela abandona a cria, deixa de reconhecer como sua. E porque também não lembrar a figura do pai, que antigamente ficava na sala de espera aguardando acender a luz azul ou rosa, qual seria a importância de ver e participar do nascimento do seu próprio filho? Vemos que é muito prazeroso e agradável para o bebê que chega tomar um banho após o parto. É relaxante. A água deve ser morninha, na temperatura do corpo. Não precisa pressa. Ele adora e sorri em retribuição. Freqüentemente abre os olho e tenta "reconhecer" o ambiente. Geralmente está cansado, não deve ser fácil nascer. Este procedimento pode ser realizado pelo pai, enquanto a mãe recebe os cuidados pós parto, além de ser bom para o homem presenciar o esforço que exige um parto de sua esposa.
O mérito desta reportagem e mais informações sobre o assunto estão nos blogs e sites:
e as fotos nos sites:
Beijo e abraço a todos!! Espero que possa ter ajudado!!!

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